quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Indaiá

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Indaiá é um nome feminino de origem indígena razoavelmente apreciado no Brasil, a julgar pelas 765 pessoas que levam esse nome, segundo o Nomes no Brasil (Censo 2010, IBGE). Essas pessoas nasceram em sua maioria na Bahia e com maior frequência na década de 90. Outras grafias são Indayá (53 pessoas), Yndaiá (24 pessoas).

Indaiá é a designação comum à várias palmeiras, espécie do gênero Attalea dubia (arecaceae), que habitou originalmente as regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Além de Indaiá também são chamadas de Anajá e Inajá, que também podem ser usados como nomes próprios. Sua folhagem já foi usada para cobrir telhados.

O nome Indaiatuba é uma junção de dois termos da língua tupi-guarani: Indaiá, que designa a espécie de palmeira e “tuba”, que equivale à grande quantidade. Então, Indaiatuba significa “muitas Indaiás”.

Indaiá procede do tupi ini’yá, que significa “fruto de fios”, através da junção dos termos em tupi “inim” (rede de dormir) e ybá (fruta), numa referência à utilização das suas fibras para a produção de redes de dormir. Foi a fonte de vários topônimos, sendo que a partir de Indaiá foram nomeados os municípios de Indaiatuba, Indaial, Anajás, Estrela do Indaiá, Dores do Indaiá, Pedra do Indaiá e Anajatuba.

Eu acho esse nome indígena especialmente encantador. Ele não causa estranhamento por conta dos nomes com essa terminação que estão na moda (como Mariah, por exemplo), e a combinação de letras iniciais também é familiar, já que são vários os nomes com “Indi” circulando por aí.


Além disso, é raro e original: Indaiá teve apenas 1 registro na lista da Arpen/SP de 2015, o que demonstra que em termos amostrais em relação ao Brasil, tem registros anuais ínfimos hoje em dia. E por fim, resgata a cultura e ancestralidade indígena que a grande maioria dos brasileiros possui em seu DNA. 




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