quinta-feira, 28 de abril de 2016

'Lisonjeado', diz Cauã Reymond sobre aumento de nomes parecidos

Cauã Reymond

O ator Cauã Reymond ficou surpreso ao descobrir que a quantidade de crianças registradas com seu nome cresceu 3.924% nos anos 2000, segundo levantamento feito pelo IBGE a partir do Censo Demográfico 2010. Foi o nome de celebridade que teve o maior crescimento no período, de acordo com o instituto, provavelmente influenciado pelo sucesso do ator.

"Fico super lisonjeado e surpreso de ver que meu trabalho de alguma forma pode ter influenciado essas escolhas", afirma o ator ao G1.

As variantes como Kauã, Kauam, Cauam e Kauan também estão entre os nomes que mais cresceram no período – no total, foram quase 150 mil registros do nome e variações nos anos 2000.

Reymond se lembra da infância, quando o nome era bem menos comum. "Sempre tive que repetir o meu nome várias vezes e ainda tenho. A chamada da escola era um momento delicado", lembra o ator, rindo. "Por ser diferente, o nome chamava muita atenção."

O ator conta que o seu nome tem um significado em tupi-guarani. "Cauã é uma mistura de outros dois nomes que meus pais gostavam e quando eu era criança descobrimos que significa ave de rapina em tupi-guarani. É bacana, pois de alguma forma me sinto homenageando a nossa língua materna", explica.

O levantamento inédito, divulgado nesta quarta-feira (27), aponta ainda que Maria e José seguem os nomes mais comuns. O Brasil tem pelo menos 11,7 milhões de “Maria” e 5,7 milhões de “José”. Segundo o IBGE, foram registrados 130.348 nomes diferentes na população brasileira.
Clique aqui e veja a frequência dos nomes por região, e aqui para ver a lista completa.

Ídolos do futebol

O sobrenome de um ídolo do futebol argentino disparou também disparou nos anos 2000. Segundo o IBGE, Riquelme – último nome de Juan Román Riquelme – foi o 2º nome masculino com o maior crescimento nos anos 2000, com alta de 6.894% em relação a 1990. Só perde para Rikelme, que subiu 10.057%. Já Ronaldo e Romário despencaram nos anos 2000 – quedas de 67% e 91%, respectivamente.

O projeto Nomes no Brasil tem por base as listas de moradores dos domicílios em 31 de julho de 2010, data de referência do Censo 2010. O IBGE registrou o primeiro nome e o último sobrenome de todos os moradores do domicílio. Quando havia mais de um morador com primeiro e último nomes iguais eram registrados os outros nomes que permitissem distingui-los.

O levantamento também aponta os nomes mais frequentes até 1929 e por década de nascimento a partir de 1930, possibilitando identificar nomes que entraram e saíram de moda e aqueles que aparecem de maneira mais constante.



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