quarta-feira, 9 de março de 2016

William

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William é um nome muito usado no Brasil, apesar de estrangeiro, e eu o considero extremamente anos 80, embora seja possível encontrar várias crianças com esse nome, inclusive nascidas esse ano. Em São Paulo, no ano de 2015, de acordo com a lista da Arpen/SP, foram registrados 315 meninos chamados William.

Sempre acreditei que a popularidade de William se deu por causa do nascimento do primeiro filho do príncipe Charles com a Lady Di, assim como tivemos dúzias de Charles e “Daianas”. Mas a popularidade de William vai mais longe em termos de datas, e podemos nos basear por exemplo, na existência de William Bonner, que supõe-se, nasceu bem antes da década de 80.

É um dos estrangeiros que, se escrito corretamente, não gera problemas de compreensão. Mas infelizmente, esse é um dos nomes mais estropiados e escritos em grafias totalmente erradas que esse Brasil já viu.

Na lista podemos encontrar: 7 Wiliam, 302 Willian, 22 Wilian, 1 Uilian, 17 Willyam, 40 Willyan, e francamente, fiquei com preguiça de pesquisar outras grafias na lista da Arpen. Então, é um nome que perde pontos por que é facilmente estropiável, e é fácil achar escritas de dezenas de jeitos diferentes, invariavelmente gerando aquela infame pergunta “Como se escreve? Pode soletrar?”, mesmo que o William em questão tenha o nome escrito certo.

William deriva do nome germânico Willahelm, composto pelos elementos wil (desejo) e helm (proteção). Assim, sendo, significa "o que deseja proteger". O nome se tornou extremamente comum na Inglaterra por conta de William, o Conquistador, que é reconhecido como o primeiro rei normando da Inglaterra.

A exemplo desse primeiro William nobre, o nome foi usado por reis da Escócia, Sicília, Países Baixos e Prússia. Assim, é fácil pensar em William associado à realeza. Eu como uma apaixonada por história, e mais apaixonada ainda por Mel Gibson, associo mentalmente à William Wallace, herói escocês semi lendário, que inspirou o filme “Coração Valente”, protagonizado pelo ator.

Porém, é só lembrar dos “Uiliams” que temos no Brasil que a imagem da realeza se esvai em um segundo. Mas abstraindo mais um pouco, podemos pensar em William Shakespeaere, dramaturgo inglês com icônicas referências literárias.

Por incrível que pareça, a versão portuguesa de William é Guilherme. É claro que prefiro Guilherme milhares e milhares de vezes, não por ser português, mas por ter a sonoridade, penso eu, extremamente forte e máscula. Por outro lado, Guilherme hoje, é bem mais registrado que William, pelo menos no Brasil.

Diminutivos: Bill, Billie, Billy, Liam, Wil, vontade, Willy, Willy

Forma feminina: Willa

Outras línguas: Wilhelm, Willahelm (germânico antigo), Gwilherm (Breton), Guillem (Catalão), Vilim, Vilko (croata) Vilém (Checo), Vilhelm (dinamarquês), Wilhelmus Willem Jelle Pim Wil, Willy, Wim (holandês), Vilhelmo, Vilĉjo (Esperanto), Villem (Estónia), Vilhelm, Viljami, Jami, Vilhelmi, Vilho, Vili, Viljo, Ville (finlandês), Guillaume (francês), Wilhelm, Willi, Willy, Wim (alemão ), Vilhelm, Vilmos, Vili (húngaro), Vilhjálmur (islandês), Uilliam, Liam, Uilleag, Ulick (irlandês), Guglielmo (italiano), Vilhelms, Vilis (letão), Wöllem, Wullem, Wum (limburguês), Vilhelmas (lituano), Illiam (Manx), Wiremu (maori), Wilkin, Wilky, Wilmot (medieval Inglês), Vilhelm (norueguês), Wilhelm (polonês), Guilherme (Português), Uilleam (escocês), Viliam (eslovaco), Viljem, Vili, Vilko (esloveno), Guillermo (espanhol), Vilhelm, Ville (sueco), Gwilym, Gwil, Gwilim, Gwillym (Galês);

Atualização:

Na lista recente do IBGE (Nomes no Brasil, Censo 2010), está demonstrado que William é um nome bastante usado no Brasil (nessa grafia, a correta e aceitável), sendo o nome de 61.141 pessoas (abrangendo todo o território brasileiro de 1930 a 2010), com destaque para os anos 1990 e para o estado do Rio Grande do Sul. 



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